" É que muita gente não sabe que Jesus não tinha religião (escolhida por ele*) e, por isso, defende intransigentemente a "sua" religião, achando que ela é que era a religião de Jesus. Não sabe que todas as religiões são divinas e que Deus tem os seus filhos espalhados por todas as religiões do orbe, cada um na religião que está de acordo com seu grau evolutivo, conquistado através das vidas passadas.
Não há diversas religiões. A religião é uma só, assim como a matemática é uma só e a ciência é uma só. Assim como a matemática é usada por pessoas atrasadas e por pessoas adiantadas, cada uma resolvendo problemas de acordo com o conhecimento que tem na matemática, também, cada encarnado resolve os seus problemas espirituais na religião que professa, de acordo com o conhecimento que vem adquirindo de encarnação em encarnação, nesse curso, nessa escola, que é a vida. O matuto para saber o quanto é cem vezes cinco, vai amontoando grãos de feijão no chão, em grupos de cinco, e depois conta todos os grãos de feijão, para saber o quanto somam. É a matemática dele, e ninguém pode dizer que isso não seja matemática. O homem mais adiantado não usa feijão; usa o raciocínio: coloca dois zeros, mentalmente, ao lado do número cinco e diz logo: 100 vezes 5 são 500. Mas os dois estão somando; os dois estão aplicando a matemática; um obtém a soma através de grande esforço; o outro, com uma simples multiplicação mental, faz a soma mais depressa dando logo o total. Um chega mais depressa ao fim que deseja, porque tem melhor compreensão, melhor estudo, ao passo que o outro, para chegar ao mesmo fim, perde um tempo imenso. Assim são os caminhos para Deus, através da nossa compreensão consequente do nosso adiantamento espiritual. Não podemos obrigar um indígena a fazer as operações por aritmética; nem uma criança a fazer seus cálculos por operações algébricas; nem fazer um escolar compreender cálculo infinitesimal. É tudo questão de estudo, de compreensão e, portanto, de adiantamento."
(trecho de texto extraído do livro "Mensagem do Astral" de Ramatis, por Hercílio Maes)
Essa é uma das formas de entender e enxergar as diferenças e semelhanças que só deveriam nos unir; pois somos todos filhos de Deus.
* Comentário meu.
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