"...Há maneiras sutis de perturbar a ordem e conturbar a paz, sem que o criminoso possa ser conduzido à presença do juiz.
Um ato de agressão: vibramos de ódio contra alguém, desejando-lhe todo o mal, emitindo dardos mentais envenenados que poderão provocar-lhe variados desajustes psíquicos, com reflexos danosos em sua economia física...
Um ato de poluição: há indivíduos tão obcecados por idéias fixas em torno de dinheiro, sexo, álcool, fumo, mágoa, ressentimento, crítica, maledicência, revolta, extravasando-as, intemperantes, em suas conversas, que poluem o ambiente psíquico onde estejam, semeando malícia, inquietação, e o desequilíbrio!...
Cometemos até assassinatos: com gestos impensados, indisciplina, agressividade ou incompreensão podemos matar a confiança numa criança; o estímulo ao trabalho, num subordinado; o afeto, no familiar, o respeito, no amigo.
Estes e muitos outros crimes, que conturbam a ordem e semeiam a confusão no Mundo, não podem ser penalizados pela legislação humana.Todavia, não ficam impunes, porquanto, acima da cidadania terrestre, somos cidadãos do Universo, regidos por um código moral perfeito, que jamais será infringido impunemente.Infalível, ele funciona não através de coação exteriores, mas dentro de nós mesmos, submetendo-nos à mais severa de todas as penas - a infelicidade, que perdurará até que tenhamos modificado nosso comportamento e reparado nossas faltas."
A voz do monte, de Richard Simonetti
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